Unibanco AIG lidera risco patrimonial
A carteira é resultado da somatória de todos as apólices que dão cobertura ao patrimônio físico, seja de empresas, residências ou condomínios.
As dez maiores seguradoras deste segmento responderam por 82% das vendas, um ponto percentual acima da participação de agosto do ano passado.
O índice de sinistralidade (prêmios menos as indenizações) até agosto de todo o setor neste ramo está em 36,5%, três pontos percentuais abaixo do registrado em mesmo período anterior. Isso mostra uma excelente rentabilidade com a carteira.
A sinistralidade média do setor com todos os produtos gira em torno de 60%. A baixa sinistralidade é puxada pela carteira residencial, de riscos de engenharia e também de riscos diversos, onde é computada a venda de seguro de garantia estendida.
A despesa comercial, por sua vez, é elevada, consumindo 36,5% dos prêmios ganhos, quinze pontos percentuais acima da média geral.
A disputa nesse segmento está muito acirrada em razão da rentabilidade da carteira e também pela flexibilidade dada pelo IRB Brasil Re nas negociações de contratos facultativos, aqueles que excedem a capacidade ou que sejam riscos que não interessam ao único ressegurador autorizado a operar no Brasil por enquanto.
A partir deste mês, as principais apólices de seguros empresariais começam a ser renegociadas, criando uma competição maior, envolvendo os corretores. A Unibanco-AIG é a maior deste segmento, com R$ 947 milhões até agosto, crescimento de 15,3% no período analisado.
A companhia venceu a concorrência da Petrobras neste ano, o que ajudou a manter a liderança no ramo patrimonial. Em recente entrevista, José Rudge, presidente da Unibanco, disse que a parceria com a AIG agregou muitos produtos e know how, o que consequentemente levou o grupo à liderança.
Poder utilizar a capacidade de resseguros da AIG também conta pontos para manter a liderança.
A Itaú registrou o maior crescimento entre as dez maiores seguradoras em risco patrimonial, com prêmios de R$ 425,9 milhões, uma evolução de 39,7% comparado a mesmo período do ano passado. Neste ano, a Itaú concretizou uma parceria com o grupo XL Capital para operar em grandes riscos. Um dos pontos altos da nova companhia é poder contar com a capacidade de resseguro sediado nas Bermudas.
A vem em terceiro lugar no ranking de patrimonial, com prêmios de R$ 263 milhões, queda de 2,4%. A AGF vem em quarto lugar, seguida pela Aliança do Brasil, SulAmérica, Mapfre, Tokio, Marítima e ACE.[11]
As carteiras contabilizadas dentro do segmento de risco patrimonial são: incêndio, com prêmios de R$ 676 milhões até agosto; residencial, com R$ 521 milhões; condomínio, com R$ 89 milhões; master e empresa, com R$ 699 milhões; risco de engenharia, com R$ 160 milhões; riscos diversos, com R$ 1,1 bilhão; e demais, com R$ 53 milhões.
Fonte: Gazeta Mercantil