Fenaseg propõe a Lula seguro popular
Parte dos recursos seria usada para as despesas com o enterro até o teto de R$ 1,5 mil (auxílio funeral) e o restante ficaria com em mãos dos beneficiários do falecido. Segundo o presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), João Elisio Ferraz de Campos, o presidente Lula achou a idéia ótima e determinou que a proposta seja discutida com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Tanto que, em reunião de diretoria a ser realizada hoje na Fenaseg, serão escolhidos os membros do grupo de trabalho encarregado de desenvolver o projeto.
A exemplo de outros seguros com viés social, como o DPVAT (indeniza vítimas de acidentes de trânsito ou seus familiares), o seguro do Bolsa Família deve ser operado por meio de um consórcio de seguradoras. Isso porque não há certeza de que a apólice popular do Bolsa Família dê resultado positivo e, nesse caso, as perdas (ou ganhos) seriam divididas por todo o mercado.
Para ele, o mais importante é que a inclusão do seguro no Bolsa Família melhora a imagem institucional do setor e colabora efetivamente como um mais um mecanismo de proteção social. "Os beneficiários do Bolsa Família não têm dinheiro para custear despesas extraordinárias, como o falecimento do chefe da família, e a implantação do seguro de baixo custo é uma alternativa eficaz nesse sentido" destacou.
Segundo ele, a oferta do seguro terá um custo adicional de pelo menos R$ 300 milhões por ano, arcados integralmente pelo governo. Na audiência, além da proposta do seguro popular, as seguradoras pediram ao governo a criação de uma agência reguladora para o setor.
Fonte: Gazeta Mercantil